

Leão XIV toma posse da cátedra de bispo de Roma na basílica de São João de Latrão
O papa Leão XIV tomou simbolicamente posse neste domingo (25) da cátedra do bispo de Roma na basílica de São João de Latrão, a mais antiga do Ocidente.
Antes de seguir para a "mãe de todas as igrejas", onde os papas residiam antes do Vaticano, o pontífice passou pelo Capitólio, sede da prefeitura da capital italiana.
"A paz é a vocação universal mais poderosa de Roma", disse o prefeito Roberto Gualtieri, em referência à mensagem do papa americano, que condenou em várias ocasiões desde sua entronização em 18 de maio os conflitos armados que afetam o mundo.
Na basílica de São João de Latrão, onde após sua eleição cada novo papa comparece para tomar posse da cátedra episcopal, Leão XIV celebrou uma missa na qual invocou o espírito da catedral, quem segundo ele, deve inspirar "a ternura, a disponibilidade ao sacrifício e a capacidade de escuta que permite não somente socorrer, mas prever frequentemente as necessidades e expectativas, antes mesmo que sejam formuladas".
A basílica monumental foi cenário da assinatura em 1929 dos acordos de Latrão entre a Santa Sé e o regime de Benito Mussolini, que normalizaram as relações entre a península e o Vaticano após a anexação de Roma, depois da unificação italiana.
São João de Latrão, situada em uma colina próxima ao Coliseu, em pleno centro da capital italiana, é um lugar fundamental para os cristãos desde os primeiros séculos.
Construída por volta do ano 320, é a primeira das quatro grandes basílicas papais e vários eventos históricos importantes ocorreram no templo.
Carlos Magno foi batizado na igreja em 774 e o templo recebeu cinco concílios, entre 1123 e 1512. Em 1300, o papa Bonifácio VIII proclamou o primeiro jubileu da história.
Até o século XIX, a cerimônia de coroação do papa era celebrada nesta basílica.
Os papas mudaram sua residência para o Vaticano após um período em Avignon, na França, quando São João de Latrão estava em péssimas condições.
Ao longo dos séculos, o complexo sofreu danos por terremotos, incêndios e saques.
A basílica foi reconstruída quatro vezes e recebeu, ao longo dos séculos, obras de muitos artistas.
O papa visitará em seguida a basílica de Santa Maria Maior, também em Roma, onde foi sepultado o seu antecessor Francisco, que faleceu em 21 de abril, aos 88 anos.
B.Chawla--MT