Madras Times - Novo premiê francês promete nomear seu governo no começo de outubro

Novo premiê francês promete nomear seu governo no começo de outubro
Novo premiê francês promete nomear seu governo no começo de outubro / foto: Ludovic MARIN - POOL/AFP/Arquivos

Novo premiê francês promete nomear seu governo no começo de outubro

O novo primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, nomeará seu governo no começo de outubro, segundo anunciou em entrevista ao jornal Le Parisien publicada nesta sexta-feira (26), na qual descartou reinstaurar o Imposto sobre as Fortunas (ISF) para equilibrar o orçamento.

Tamanho do texto:

"O governo será nomeado antes do início dos trabalhos legislativos. Desejo continuar trabalhando no projeto de orçamento. Os ministros que quiserem entrar no governo terão que apoiá-lo", assinalou.

Lecornu ainda não escolheu um governo, após sua nomeação há duas semanas, em meio a um clima de tensão pelas propostas contra os cortes.

A sessão parlamentar deve começar na quarta-feira, 1º de outubro, com a renovação dos cargos-chave da Assembleia Nacional, a Câmara baixa do Parlamento, às vésperas de um novo dia de manifestações antigovernamentais convocadas pelos sindicatos.

O primeiro-ministro estabeleceu como meta que o déficit público seja de 4,7% do PIB em 2026 para chegar a 3% em 2029.

Mas para consegui-lo, rejeitou duas propostas da esquerda e por aqueles que compõem a maioria relativa que apoia o governo: a reinstauração do imposto sobre as grandes fortunas e a chamada "taxa Zucman" para os grandes patrimônios.

Outra demanda da esquerda, a suspensão da reforma em vigor que aumentou a idade da aposentadoria, tampouco parece estar na lista e Lecornu disse que esta opção "não resolveria nenhum dos problemas".

Lecornu foi nomeado em 8 de setembro após a renúncia de seu antecessor, François Bayrou, que não conseguiu a confiança do Parlamento para seu projeto de orçamento, que previa cortes de 44 bilhões de euros (aproximadamente R$ 275 bilhões) e a supressão de dois dias de feriado.

Sob pressão, o governo francês busca reduzir o déficit (5,8% do PIB em 2024) e a dívida pública (114%).

F.Pathak--MT