

Israel bombardeia porto controlado por rebeldes huthis no Iêmen
Israel bombardeou, nesta terça-feira (16), o porto iemenita de Hodeida, controlado por rebeldes huthis, que relataram pelo menos dez ataques nesta área do oeste do Iêmen.
Este é o ataque mais recente de Israel contra os rebeldes apoiados pelo Irã, após o assassinato do primeiro-ministro huthi no mês passado na capital Sanaa, e dezenas de bombardeios dirigidos principalmente contra os meios de comunicação do grupo na semana passada.
Horas depois do bombardeio, o exército israelense afirmou que interceptou um míssil lançado a partir do Iêmen.
As sirenes que alertam o lançamento de mísseis soaram em Jerusalém e outras regiões de Israel.
Anteriormente, a rede de televisão Al Masirah, controlada pelos huthis, informou que "12 ataques aéreos do inimigo israelense tinham como alvo o porto de Hodeida", e o porta-voz militar do grupo, Yahya Saree, afirmou que suas defesas aéreas estavam "enfrentando aviões inimigos israelenses que estão lançando uma agressão contra o nosso país".
O Exército israelense afirmou ter atacado uma "infraestrutura militar" huthi no porto, utilizada "para transferir armas fornecidas pelo regime iraniano, com o objetivo de realizar ataques contra o Estado de Israel e seus aliados".
Antes do ataque, o porta-voz militar israelense no idioma árabe, Avichay Adraee, havia pedido a evacuação do porto e dos barcos ali ancorados.
Em um comunicado divulgado na rede social X, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, alertou que os huthis "continuarão sofrendo golpes e pagando um preço doloroso por qualquer tentativa de ataque ao Estado de Israel".
Os huthis lançaram ataques repetidos com drones e mísseis contra Israel desde o início da guerra em Gaza em 2023, em solidariedade ao povo palestino.
Em resposta, Israel atacou o Iêmen em várias ocasiões, concentrando-se em infraestruturas como portos, estações de energia e o aeroporto internacional em Sanaa.
Em 10 de setembro, 46 pessoas morreram e mais de 160 ficaram feridas em ataques aéreos israelenses contra os rebeldes em Sanaa e na província iemenita de Al Jawf, no norte do país.
Em agosto, o primeiro-ministro huthi Ahmad Ghaleb al Rahwi, nove ministros e dois funcionários do gabinete rebelde morreram em outro ataque aéreo em Sanaa.
W.Thakur--MT