Madras Times - Presidente do Irã nega na ONU que seu país busque desenvolver armas nucleares

Presidente do Irã nega na ONU que seu país busque desenvolver armas nucleares
Presidente do Irã nega na ONU que seu país busque desenvolver armas nucleares / foto: ANGELA WEISS - AFP

Presidente do Irã nega na ONU que seu país busque desenvolver armas nucleares

O presidente do Irã, Masud Pezeshkian, reiterou, nesta quarta-feira (24), que o programa nuclear conduzido por seu país não tem fins armamentistas, após os ataques militares de Israel e Estados Unidos e as iminentes sanções das potências europeias.

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Pezeshkian fez a declaração em meio às negociações entre Teerã e França, Reino Unido e Alemanha para alcançar um acordo sobre um programa nuclear e evitar o restabelecimento das sanções da ONU à meia-noite de sábado.

"Por meio deste, declaro mais uma vez perante esta assembleia que o Irã nunca buscou ou buscará fabricar uma bomba nuclear", afirmou o mandatário iraniano na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.

"O único que perturba a paz e a estabilidade na região é Israel, mas o castigado é o Irã", acrescentou.

O Irã defende há muito tempo que não busca armas nucleares, referindo-se a um edito do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, e o serviço de inteligência dos Estados Unidos não conseguiu concluir que o país tenha decidido construir tal armamento.

Mas Israel, Estados Unidos e as potências europeias suspeitam dos avanços iranianos no setor nuclear, razão pela qual acreditam que o país poderia rapidamente obter a arma nuclear, caso decidisse fazê-lo.

Britânicos, franceses e alemães buscam reimpor as sanções da ONU que foram suspensas após o acordo de 2015, que foi negociado pelos EUA e do qual o presidente Donald Trump se retirou durante seu primeiro mandato.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, se reuniu na terça-feira com seus homólogos europeus à margem da Assembleia Geral da ONU, mas sem um resultado claro, exceto que os diálogos continuarão.

O presidente iraniano acusou os europeus de má-fé, ao dizerem que Teerã não colaborou depois que Washington abandonou o acordo em 2018.

"Eles se apresentaram falsamente como partes de boa reputação no acordo e denegriram os esforços sinceros de Teerã classificando-os como insuficientes", afirmou Pezeshkian.

Na semana passada, ambas as partes culparam mutuamente o fracasso dos diálogos depois que o Conselho de Segurança da ONU autorizou a retomada das sanções, que poderiam causar um grande impacto na economia iraniana, como nos setores petrolífero e financeiro.

E.Bansal--MT