Democratas divulgam imagens de ilha de Epstein no Caribe
Congressistas democratas divulgaram nesta quarta-feira (3) fotos e vídeos das propriedades do financista Jeffrey Epstein onde ele teria obrigado menores de idade a se prostituir.
As imagens do antigo refúgio caribenho de Epstein lançam pouca luz nova sobre o escândalo complexo, mas podem aumentar a pressão sobre o governo de Donald Trump para que divulgue todos os arquivos compilados em anos de investigação sobre as atividades de Epstein.
Os 14 vídeos e fotos mostram as propriedades de Epstein na ilha Little Saint James, nas Ilhas Virgens Americanas. Um quadro-negro em um dos quartos mostra palavras como "engano", "poder", "verdade" e "política".
Trump lutou por meses para evitar a divulgação dos arquivos de Epstein sob custódia do Departamento de Justiça. No mês passado, cedeu à pressão do Congresso, inclusive do seu próprio partido, e assinou uma lei que determina a divulgação de parte do material. Resta saber quais arquivos serão divulgados, já que as autoridades devem citar a necessidade de proteger as investigações em andamento.
Epstein recebia com frequência amigos ricos e poderosos em sua casa no Caribe. Em 2008, foi condenado por duas acusações relacionadas a crimes sexuais e cumpriu cerca de um ano de prisão, sob condições excepcionalmente brandas.
Depois disso, Epstein evitou acusações mais graves até 2019, quando foi preso e acusado de tráfico sexual de menores. No mesmo ano, morreu enquanto cumpria prisão preventiva em Nova York, um caso declarado como suicídio.
Durante anos, Trump e seus aliados promoveram teorias de que democratas poderosos estariam sendo protegidos por sua ligação com Epstein, apresentando o caso como um símbolo de como homens ricos podem se esconder atrás de advogados, dinheiro e conexões poderosas. Mas o próprio Trump foi amigo de Epstein durante anos, o que levantou questionamentos sobre o que ele sabia sobre o financista.
Após iniciar seu segundo mandato, em janeiro, Trump deixou de defender a divulgação dos arquivos da investigação sobre Epstein e passou a chamar o escândalo de "farsa".
D.Sinha--MT