

Bolsonaro pede para deixar prisão domiciliar para procedimento médico
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu, nesta segunda-feira (8), para deixar a prisão domiciliar em Brasília para se submeter a um procedimento médico no domingo, enquanto a sentença de seu julgamento sobre seu envolvimento na trama golpista está prevista para esta semana.
Na reta final deste processo judicial histórico, que pode condená-lo a 40 anos de prisão, Bolsonaro pediu "autorização para deslocamento a fim de se submeter a procedimento médico no Hospital DF" em Brasília, segundo o documento do requerimento, obtido pela AFP.
Segundo o pedido, trata-se de um procedimento ambulatorial e com previsão de alta no mesmo dia.
Cumprindo prisão domiciliar preventiva em Brasília desde agosto, Bolsonaro, de 70 anos, se submeterá à remoção de duas lesões cutâneas, uma delas descrita como uma "neoplasia de comportamento incerto ou desconhecido da pele", de acordo com o boletim médico publicado pelo portal Metrópoles.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) dará seu veredicto esta semana sobre se o ex-presidente (2019-2022) arquitetou um plano junto com vários colaboradores para tentar se manter no poder após perder as eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), a suposta trama golpista incluía a decretação de estado de sítio e um plano para assassinar Lula, seu vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
Bolsonaro alega inocência e seus advogados pediram, na quarta-feira, sua absolvição por falta de provas.
Atualmente, o ex-presidente sofre com crises de soluço e vômitos relacionados com problemas em seu aparelho digestivo provocados pela facada sofrida em 2018, durante um evento de campanha.
Esta seria a segunda saída por motivos médicos de Bolsonaro, depois de ter se submetido, em agosto, a exames que revelaram que ele havia sofrido recentemente com duas pneumonias.
Em abril, o ex-presidente foi submetido a uma longa cirurgia para solucionar uma obstrução intestinal, em uma das várias intervenções que sofreu desde o atentado de 2018.
W.Srinivasan--MT